Ter um negócio próprio tem se tornado o desejo de muitas pessoas, uma vez que apresenta ser uma alternativa mais interessante do que trabalhar com carteira assinada ou uma alternativa a situação de desemprego.
Porém, quando uma pessoa decide criar sua empresa, ela precisa atender alguns termos e obrigações, desta forma, dentre as situações que você precisa entender é o que significa um MEI.
O MEI passou a ser considerado apenas em 2008, quando a lei nº128 trouxe esta modalidade.
A partir disso, hoje existem mais de 7 milhões de brasileiros registrados como MEI, passando a ter certos benefícios que antes não era possível.
Como este termo tem se tornado cada vez mais comum, e para aqueles que sonham em montar seu negócio próprio, a curiosidade de entender o que de fato é, só aumenta. Mas para que você possa acabar com todas as dúvidas de vez, entender o que é um MEI e criar a sua empresa, separamos este artigo completo, para você finalmente entender.
O que é MEI?
MEI é uma sigla que significa microempreendedor individual. Esta sigla representa qualquer pessoa que tem um negócio próprio faturando até *R$81 mil ao ano. *valores para o ano de 2019.
Isso é equivalente a R$6.750,00 mensais, mas não pense que ao abrir o MEI você pode faturar R$81 mil anuais, pois o valor é proporcional desde a abertura da empresa, conforme o exemplo abaixo:
Abertura da empresa em:
Janeiro – Quantidade de meses no ano: 12 Faturamento menor ou igual a: R$81.000
Fevereiro – Quantidade de meses no ano: 11 Faturamento menor ou igual a: R$74.250
Março – Quantidade de meses no ano: 10 Faturamento menor ou igual a: R$67.500
Abril – Quantidade de meses no ano: 9 Faturamento menor ou igual a: R$60.750
Maio – Quantidade de meses no ano: 8 Faturamento menor ou igual a: R$54.000
Junho – Quantidade de meses no ano 7 Faturamento menor ou igual a: R$47.250
Julho – Quantidade de meses no ano: 6 Faturamento menor ou igual a: R$40.500
Agosto – Quantidade de meses no ano: 5 Faturamento menor ou igual a: R$33.750
Setembro – Quantidade de meses no ano: 4 Faturamento menor ou igual a: R$27.000
Outubro – Quantidade de meses no ano: 3 Faturamento menor ou igual a: R$20.250
Novembro – Quantidade de meses no ano: 2 Faturamento menor ou igual a: R$13.500
Dezembro – Quantidade de meses no ano: 1 Faturamento menor ou igual a: R$ 6.750
O MEI que obtiver ao final de um ano receita acima do faturamento permitido terá de realizar o desenquadramento, isto é, se tornará ME (micro empresa) ou EPP (empresa de pequeno porte).
Quem pode ser MEI?
Praticamente qualquer pessoa que possua um negócio próprio ou trabalha como autônomo e tenha idade superior a 18 anos.
Porém, como atualmente, muitos jovens estão criando o seu negócio próprio antes desta idade, em casos como este, a partir dos 16 anos, é possível se registrar com a emancipação.
Além disso, é importante também que você procure verificar se a atividade que você executa se encontra na lista do MEI. Nem todas as profissões estão registradas, mas caso você não encontre uma que se enquadre ao seu negócio, uma sugestão é você procurar o mais próximo possível.
Em relação aos profissionais autônomos, como dentistas, médicos e advogados, o MEI não se enquadra a essas profissões. Para isto, existem outras denominações que esses profissionais podem se registrar.
Em alguns casos, é importante apenas que haja o registro como prestadores de serviço na cidade em que atua. Entretanto, de qualquer forma, sugerimos que você procure entender melhor a diferença entre MEI, Profissional Autônomo e Liberal.
Além dessas condições acima, veja abaixo as exceções que não podem se registrar como MEI:
Profissionais que recebem benefícios do governo, por exemplo, pensão e seguro desemprego.
Funcionários públicos;
Estrangeiros que possuem visto provisório;
Pessoas que já são proprietárias ou sócias de outra empresa;
Pessoas que faturam mais de R$81 mil por ano.
Para ajudá-lo, o governo dispõe de um site que mostra quais são as profissões que podem se enquadrar como MEI, se quiser consultar, basta clicar no link abaixo:
Muitas pessoas que já possuem um negócio próprio, costumam se perguntar se é válido se formalizar como MEI. Esta dúvida é tão recorrente, uma vez que, ter o registro traz certas obrigações, que para alguns isso pode parecer uma grande dor de cabeça.
Porém, quando você se formaliza como um MEI, você passa a ter direito a alguns benefícios, como o direito de aposentadoria, contribuições menores para previdência, planos de saúde mais baratos, dentre outras situações.
Além disso, se você tem um negócio próprio, mas não tem ele registrado, terá várias dificuldades em relação a comprovação de renda. Isso acontece, pois legalmente você não recebe nenhum tipo de fundo. Assim, tornando tudo mais complicado.
A partir do momento que você se registra como MEI, você recebe o seu CNPJ, passa a ser uma pessoa jurídica e a partir daí você possuirá direitos e obrigações.
Quais são os direitos que um MEI possui?
Veja alguns dos benefícios que passaram a ser garantidos por micro empreendedores:
Aposentadoria;
Emissão de notas fiscais;
Auxílio doença;
Auxílio maternidade;
Facilidade na abertura de contas e obtenção de crédito;
Redução do número de impostos.
Quais as obrigações?
Para conseguir todos os benefícios que um MEI tem direito,você precisa de apenas uma coisa: pagar a contribuição mensal (DAS) em dia. O DAS é o Documento de Arrecadação do Simples Nacional, ou seja, é como você, empresário, vai recolher os impostos.
Quanto a emissão de notas fiscais, elas não são obrigatórias para todos os tipos de serviços ou vendas prestadas. A sua emissão só é obrigatória em casos de serviços prestados para empresas. Mas se você deseja ter mais controle e manter o profissionalismo, é válido emitir para todos os serviços.
A emissão, também faz você se acostumar, então em casos de você precisar fazer a transferência de microempreendedor para empresa de pequeno porte, já estará sabendo realizar a emissão.
Qual o valor a pagar?
Conhecer quais são é muito importante antes de registrar um negócio, pois isso deve ser considerado em seu plano de negócios e seu fluxo de caixa.
MEIs Atividade
INSS – R$
ICMS/ISS – R$
Total – R$
Comércio e Indústria – ICMS
49,90
1,00
50,90
Serviços – ISS
49,90
5,00
54,90
Comércio e Serviços – ICMS e ISS
49,90
6,00
55,90
O valor do INSS a ser pago é de 5% sobre o salário.
Para referência, o Salário Mínimo é de R$ 998,00(novecentos e cinquenta e quatro reais), por mês, conforme Decreto nº 9.961, de 1° de janeiro 2019.
Uma coisa muito boa e prática é que o DAS pode ser pago em boleto bancário, débito automático ou pagamento online.
E agora, conseguiu entender o que é um MEI e quais são suas obrigações? Caso você ainda tenha alguma dúvida, deixe ela nos comentários, para que possamos te auxiliar!
Controlar os custos e despesas de uma empresa é um passo fundamental para mantê-la em desenvolvimento. Porém, muitos empreendedores iniciantes tem uma certa dificuldade em manter as finanças ordem ou até saber ao certo o que se deve fazer.
Além disso, grande parte dos negócios que fecham as portas depois de alguns meses de atuação, é justamente por essa falta de controle. Afinal, além de ser comum misturar os lucros da empresa com as finanças pessoais, a desorganização também faz com que haja diversos tipos de dificuldades com o tempo.
Por isso, para quem está iniciando um negócio ou já tem uma empresa e não consegue manter seu controle financeiro, o primeiro passo é buscar informações que possam auxiliar neste processo.
Desta forma, neste artigo separamos o porquê da importância de controlar os custos e as despesas em uma empresa, além de outras informações relevantes. Vamos começar?
Por que é importante saber controlar os custos e despesas?
Toda empresa, independente da área que atua, possui custos, até mesmo os empreendimentos digitais, que por sua vez, têm despesas menores.
Desta forma, é totalmente necessário que você tenha controle de tudo aquilo que vai sair do caixa da empresa, a partir disso, conseguirá saber se todos os ganhos da empresa naquele determinado mês irão conseguir pagar os custos mensais.
A organização das despesas facilita na possibilidade de trazer novas oportunidades para o seu negócio.
Por exemplo, se você sabe exatamente quanto precisa para manter a empresa em pleno funcionamento, irá criar metas que possam ultrapassar este valor. Consequentemente, além do dinheiro adquirido para os custos mensais, a empresa terá um caixa cheio, com a possibilidade de reinvestir e formar seu capital de giro.
O controle de custos e despesas em sua empresa também traz outro ponto positivo. Quando você consegue manter todos os gastos e os pagamentos em dia, fica fácil lidar com qualquer imprevisto que possa surgir, e olha que nos tempos atuais, ter imprevistos é mais normal do que possa aparecer.
Em outra situação, o controle das despesas também evita que você pague multas e juros pelo atraso de alguma dívida. Atrasos esses que seriam facilmente contornado se houvesse um mínimo controle.
Mas e em casos em que os juros e multas representam valores pequenos?
Você pode se questionar sobre isso, porém, saiba que qualquer valor, mesmo o mínimo possível pode fazer uma grande diferença no final de um mês não muito bom. E mais, apesar de os valores absolutos serem pequenos, o percentual aplicado pode ser muito grande. Veja abaixo o exemplo de atraso da Guia de Previdência Social.
Juros: Juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia – SELIC, para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do primeiro dia do mês subsequente ao vencimento do prazo até o mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do pagamento.
Multa: Calculada à taxa de 0,33% (trinta e três centésimos por cento), por dia de atraso. A multa será calculada a partir do primeiro dia subsequente ao do vencimento do prazo previsto para o pagamento do tributo ou da contribuição até o dia em que ocorrer o seu pagamento. O percentual de multa a ser aplicado fica limitado a 20% (vinte por cento).
Se levarmos em consideração apenas a multa aplicada, que neste caso é de 0,33% ao dia, limitado a 20% ao mês, você continua achando que os valores são baixos?
Percebe o quanto isso pode pesar em seu bolso?
Qual a diferença entre custos e despesas fixas ou variáveis
Quando falamos de custos ou despesas de uma empresa é importante levar em consideração que existem vários tipos. Conhecer cada um deles e suas diferenças é o primeiro passo para manter tudo organizado.
Para isso, primeiramente, você irá entender a diferença entre custos e despesas, pois embora possam parecer a mesma coisa, são diferentes no conceito.
Custo: é tudo aquilo que está associado diretamente a produção do seu produto ou serviço. Por exemplo: gastos na produção, logística e a matéria prima.
Despesas: estão associadas à manutenção das atividades da empresa, por exemplo, despesas com estratégias de marketing, café no escritório, contador etc.
Entendendo agora a diferença entre estes dois conceitos, já podemos passar para o próximo passo, que é, entender o que é um custo ou despesa, fixa ou variável.
Fixos: são todos aqueles custos ou despesas que não se alteram com as vendas, ou seja, não possuem relação direta com o faturamento da empresa, mesmo que a empresa não produza ou venda um item sequer.
Exemplo: Aluguel, seguros, contratos de serviços, pessoal administrativo etc.
Variáveis: É tudo aquilo que tem relação direta com as vendas, quanto mais vende mais paga.
Exemplo: o mais clássico é o imposto, que quanto mais você vende mais você paga em termos absolutos. Outro exemplo, são as comissões de cartões de crédito ou comissões para vendedores.
E como saber se é custo ou despesa, fixa ou variável?
Simples, levando em consideração se está totalmente associado à produção e venda ou não.
Vamos pegar o exemplo citado acima do imposto, digamos que você possui uma empresa enquadrada no Simples Nacional e paga 6% de DAS (documento de arrecadação do simples), apesar de o valor nominal do imposto ser fixo de 6%, o valor real que você paga depende de quanto você faturou. Se faturou R$10.000,00 você pagará R$600,00, se faturar R$100.000,00 pagará R$6.000,00 a assim por diante.
Ficou mais claro agora?
Como calcular os custos e despesas da minha empresa?
Entendendo agora qual a diferença entre custos e despesas, fixas ou variáveis, você já pode começar a colocar em prática. Para isso, você precisa calcular todos os custos e despesas da sua empresa.
Para começar, sugerimos que você coloque todos os valores que você paga em uma planilha de Excel, não se preocupe neste momento em classifica-las, apenas digite todos os valores.
Depois que você colocar tudo na planilha, você pode fazer a classificação analisando cada uma das contas, se é despesa ou custo e se é fixo ou variável.
Uma vez que você fizer o calculo de tudo, você já pode começar a organizar. Coloque as datas do pagamento de cada uma antes do prazo máximo. Por exemplo, se o pagamento dos funcionários da sua empresa deve ser feito até o dia 5 do mês, coloque até o dia 3, ao menos. Isso irá evitar que você deixe para última hora e tenha imprevistos.
Sabemos que conseguir manter todos os gastos organizados pode parecer desafiador no começo, mas tudo isso funciona na prática, e é claro, seguindo todas as dicas que sugerimos.
Ficou alguma dúvida sobre a importância do controle dos seus custos e despesas da empresa ou em como realizar este processo? Se você ainda tem alguma dúvida
Esta dúvida eu recebi recentemente de uma pessoa que acessou o curso de Gestão Financeira e como acho que pode ser uma dúvida recorrente, decidi escrever este artigo para responder esta questão.
Bom, vamos iniciar por partes, primeira coisa:
Empreender significa dar vida, fazer acontecer, fazer as ideias saírem do papel e se tornarem realidade e negócios, sendo assim para empreender é preciso ter perfil empreendedor, bastante força de vontade e ser capaz de fazer as coisas acontecerem, como costumamos dizer “não basta ter iniciativa, é preciso ter acabativa!”.
Se você se basear por esta frase acima irá perceber que para empreender não precisa, necessariamente, saber sobre finanças. No entanto, se você analisar os dados que o Sebrae e outras entidades dispõem sobre o índice de mortalidade de empresas no Brasil você chegará a conclusão que grande parte das empresas abertas acabam fechando suas portas devido ao não conhecimento e falta de planejamento financeiro.
Em função disso, meu conselho é: se você não sabe nada de finanças e quer empreender, seja consciente e busque ajuda, alie-se a alguém que saiba, contrate uma pessoa especializada para te ajudar, mesmo que este assunto seja considerado difícil ou chato para você ele é primordial para a sobrevivência de um negócio.
Fazendo um paralelo, é normal existirem empreendedores donos de restaurantes que não saibam cozinhar, mas para funcionar contratam pessoas especializadas para a função da cozinha e acabam aprendendo, pelo menos um pouco, para poderem testar a qualidade do que é servido.
Sendo assim, se você está mesmo decidido a empreender e não sabe nada de finanças, sugiro que mantenha seu sonho, vá em busca de todas as informações necessárias para abrir seu negócio e dedique parte de seu tempo para estudar e aprender, pelo menos o mínimo, sobre gestão financeira.
Mas o que é o mínimo de gestão financeira que preciso saber?
Esta é uma boa pergunta a se fazer e eu irei responde-la, de acordo com a minha percepção e experiência que adquiri ao longo do tempo ajudando empresários que estavam com esta mesma dúvida.
Vou elencar por ordem de prioridades, do que você deve aprender primeiro, porém tudo aqui é muito importante, então fique a vontade para mudar a ordem e aprender da forma que considerar melhor para si.
Primeiro tópico: entender sobre as entradas e saídas.
O primeiro item para uma boa gestão financeira é entender sobre entradas e saídas, ou seja, as receitas, custos e despesas, sejam fixos ou variáveis. Saber exatamente quais os valores previstos de cada um ajuda e muito você a traçar metas e visões futuras e até prever se o negócio será rentável ou não.
Segundo tópico: conhecer o que é CMV ou CSP e como calcular
Após entender as diferenças de custos e despesas fixas e variáveis, é preciso conhecer um pouco sobre o Custo da Mercadoria Vendida, o famoso CMV ou Custo do Serviço Prestado, o CSP, se você for prestar serviços.
Entender, por exemplo, que o CMV de uma mercadoria envolve não só o preço que é pago por ela, mas também outros valores agregados, tais como fretes, embalagens e impostos. Isso é algo que acaba sendo negligenciado por alguns empresários no momento de calcular o CMV de seus produtos.
Terceiro tópico: margem, formação de preços e descontos
Sabendo os dois tópicos anteriores, sugiro que você se aprofunde em margem, formação de preços e descontos, entender, por exemplo, o quanto um % de desconto pode influenciar positivamente ou negativamente em seu negócio.
É comum ver que empreendedores em início de negócio recorram constantemente a política de descontos e preço baixo para incentivar um aumento das vendas, mas nem sempre um desconto é sinônimo de aumento de vendas e, principalmente, aumento de resultados *lucratividade, saiba o que é lucratividade aqui neste artigo.
Infelizmente, vi muito empreendedor dar descontos para gerar mais vendas e ao apurar os resultados, se deparar com um prejuízo e se perguntar: “como pode eu vender mais e ainda sim ter prejuízo?”.
Pois é, isto é mais comum do que se imagina, e se você não quer passar por isso, lembre-se entenda sobre preço, margem e lucratividade.
Quarto tópico: conheça os regimes financeiros
Sabendo os 3 itens anteriores, que não é nenhum bicho de sete cabeças da gestão financeira, vale estudar sobre como controlar o dinheiro da sua empresa e quais controles realizar para manter uma boa saúde financeira, mas antes é preciso entender dois conceitos bem simples que são:
Regime de caixa:
É controlar e registrar as entradas e saídas na data exata que ocorrerem. Exemplo: se você compra matéria prima dia 10 e paga à vista, você vai registrar este valor no dia 10. Se você comprar dia 10 e vai pagar dia 05 do próximo mês, você vai registrar esta saída de caixa somente no próximo mês.
O regime de caixa serve para você saber exatamente quando vai entrar ou sair o dinheiro, é o modelo de extrato bancário.
Regime de competência:
É controlar e registrar as entradas e saídas na data do fator gerador e não quando são recebidas ou pagas. Exemplo: você vende um serviço de R$10.000,00 no dia 10, mas o cliente pagará em 3x, você vai lançar esta venda no dia 10, independente de quando o cliente vai pagar, assim você tem um controle gerencial do quanto sua empresa está vendendo.
Importante: não existe regime melhor ou pior, os dois são igualmente importantes e devem ser utilizados em conjunto.
Mas por que eu preciso usar e saber sobre estes dois regimes financeiros?
Como já explicado, o regime de caixa, mostra o fluxo financeiro, ele pode mostrar, por exemplo, se no próximo mês você terá caixa ou não para pagar uma despesa que você contraiu hoje. Ele pode servir como um “dedo duro”, caso você se exceda na compra de matéria prima.
Já o regime de competência mostra a você se as suas decisões gerenciais estão dando resultado. Exemplo: você vendeu R$20.000,00 em produtos este mês, mesmo que os clientes pagarão somente no próximo mês, e você tem de custo na compra destes produtos R$10.000,00, significa que você tem um resultado gerencial de R$10.000,00 positivos. Ficou mais claro? Abaixo colocarei alguns gráficos para facilitar o entendimento.
Quinto tópico: Fluxo de caixa e DRE – demonstrativo de resultados do exercício
Depois de saber sobre os regimes financeiros e para que eles servem, vamos entender como usamos cada um deles e quais ferramentas você precisa aprender:
Fluxo de caixa:
É a ferramenta/instrumento que controla o dia a dia da empresa, controla o fluxo financeiro, quais são as entradas, quais são as saídas e quando elas ocorrem, é o extrato bancário, em outras palavras. Para fazer o fluxo de caixa você usa o regime de caixa. Saiba mais sobre fluxo de caixa neste artigo.
DRE – demonstrativo de resultados do exercício
É um documento contábil de demonstração obrigatório no Brasil, que tem como principal objetivo detalhar as operações realizadas na empresa em um determinado período de tempo. Neste documento o gestor da empresa pode identificar se o negócio teve lucro ou prejuízo no período analisado.
Na DRE devem estar detalhados o resultado líquido de um exercício, receitas, custos e despesas da empresa. Estas informações são fundamentais para que o empresário identifique a situação financeira da empresa e possa realizar um controle financeiro mais sólido e mais próximo da realidade.
Este documento costuma abranger um período de 12 meses do exercício financeiro da empresa – geralmente entre os meses de janeiro a dezembro, que é o período exigido pela lei.
Apesar disso, é comum encontrar usá-lo para fins gerenciais, nele o empreendedor consegue saber exatamente como está a gestão financeira de sua empresa e seus resultados. Aqui usamos o regime de competência.
Para facilitar o entendimento de cada um destes conceitos, vou ilustrar tudo que foi escrito antes com uma situação hipotética de uma empresa.
Imagine que esta empresa comercializa sapatos e compra seu estoque uma vez por mês com prazo de pagamento de 30 dias. Neste mês de fevereiro realizou a compra de R$20.000,00 de estoque e vai pagar dia 10 de março. Cada sapato é comprado por R$100,00 e revendido por R$200,00, logo foram comprados 200 pares de sapato.
A empresa vendeu 180 pares neste mês, seu imposto sobre vendas é de 10% e seus custos fixos e despesas são de R$5.000,00 ao mês. Veja abaixo como ficaria o DRE do mês de fevereiro. *este DRE é resumido e ilustrativo.
DRE ilustrativo, de acordo com o exemplo citado.
Ao analisar o DRE a empresa, é possível verificar que há um resultado final de lucro líquido de R$9.400,00 que corresponde a 26% do faturamento bruto, isso é a lucratividade, quanto a empresa lucra em relação ao faturamento.
Repare que a empresa comprou de estoque R$20.000,00, que seriam 200 pares de sapato, mas como vendeu 180, o CMV custo das mercadorias vendidas foi lançado o de 180 pares, ou seja, no DRE não está refletido o estoque.
Agora vamos analisar o fluxo de caixa resumido, levando em consideração que o saldo anterior de janeiro era positivo em R$3.000,00.
Fluxo de caixa ilustrativo e resumido, para fins de entendimento.
Este exemplo de fluxo mostra claramente que mesmo a empresa tendo um resultado gerencial de 26% de lucratividade, o seu extrato financeiro não mostra o mesmo resultado, pois em fevereiro a empresa está fechando no vermelho (-R$3.800,00).
Neste momento você pode perguntar: “mas a empresa não vendeu 180 sapatos a R$200,00 que é igual a R$36.000,00?”
Exatamente, a empresa vendeu R$36.000,00, porém parte dos seus clientes pagaram à vista e o restante preferiu parcelar, ou seja, mesmo tendo vendido R$36.000,00 a empresa está recebendo em caixa só R$25.200,00 que é parte das pessoas que compraram à vista mais uma parcela de pessoas que compraram a prazo nos meses anteriores.
Com estes exemplos, ficou mais claro para você a diferença dos regimes financeiros, seu uso e o uso correto das ferramentas?
Bom, dependendo da complexidade do seu negócio, se você entender bem estes conceitos descritos aqui e conseguir aplicar cada um deles no seu dia a dia, saiba que você já possui o nível básico de conhecimento para tocar sua empresa.
A partir daqui é traçar metas, analisar indicadores e colocar tudo em prática!
E ai, gostou? Restou alguma dúvida? Escreva para mim ou consulte meus cursos online, logo abaixo.
Há duas semanas em uma reunião com uma amiga minha, que ocupa o cargo de direção em uma empresa, falava a ela um pouco sobre meu trabalho, como estou desenvolvendo meus cursos online, o que pensava para o futuro, novos projetos entre outras coisas, ao falar sobre os títulos dos novos cursos que pretendo realizar ela me interrompeu e disse:
– Kleber, por que você não monta um curso sobre Gestão de Carreira?
Na hora não entendi muito bem e pedi para que ela me explicasse o que queria dizer com aquilo. Ela me disse que poderia ser um curso que ensinasse as pessoas em como elas deveriam fazer sua gestão de carreira. Que hoje no mercado é mais comum os funcionários atribuírem a gestão de suas carreiras às empresas e não a eles próprios!
Achei interessante esta observação dela, pois ao longo de minha carreira de consultor, onde tive oportunidade de participar de mais de 50 projetos em diferentes empresas, me deparei com muita gente infeliz com suas carreiras e que achavam que essa gestão era responsabilidade da empresa e não delas mesmas, se elas não fossem promovidas a culpa era do chefe, do diretor, da presidência da empresa, mas nunca delas mesmas, vi muita gente deixando de viver, reclamando dia após dia sobre sua vida profissional que não era o que desejavam, mas ao mesmo tempo não faziam absolutamente nada para mudar, como se reclamar fosse algo a fazer e fosse mudar algo!
Não sei se isso faz parte da cultura da pessoa, da educação ou de qualquer outro motivo, mas o fato é que atribuir o crescimento ou a carreira nas mãos de terceiros nunca será uma boa opção, se tem gente que não consegue nem cuidar da própria vida, como vai cuidar da vida de outros. Logo quem deseja deseja algo melhor precisa fazer! Ir atrás dos objetivos, mudar de empresa, fazer cursos, especializar-se, mas nunca terceirizar!
Muito normal a busca por referências de inovação e tendências de mercado, principalmente, vindas do exterior, acho isso muito válido e importante para as empresas, mas se a empresa quer realmente inovar ou fazer algo diferente que agregue valor ao seu cliente ela deve parar de olhar e focar tanto nas tendências e focar mais no seu negócio e no seu cliente!
Não que eu seja contra olhar quais as “ondas” do momento, mas isso não deve ser um Norte para a tomada de decisões.
Quer alguns exemplos?
Fala-se muito da tendência de fazer tudo por celular, principalmente, através de Aplicativos (APP´s), mas já vi vários aplicativos inúteis, gasta-se muito dinheiro onde não precisa, só porque a tendência são APP´s?
Outro exemplo: as mídias sociais, marcar presença nas mídias sociais é tendência, mas montar uma fan page no Facebook, ter um perfil no Instagram é suficiente? Óbvio que não!!! O negócio precisa disso? O público quer isso? A página vai ser alimentada com conteúdo relevante para o público correto? Quanto isso vai agregar ao cliente?
O que é bom para uns não é para outros!
O que o cliente espera, almeja ou mesmo nem espera, mas a empresa poderia fazer para ele, pode estar muito distante das tendências de mercado.
Quer outro exemplo de como as tendências de mercado podem enganar?
Olhando a figura abaixo, se no ano de 2003 ou 2004, me perguntassem ou perguntassem a você, qual você acha que é a tendência de mercado para os celulares? O que você responderia?
Eu, por exemplo, diria, com toda certeza do mundo, que a tendência era de redução no tamanho dos telefones celulares, iriam ficar cada vez menores e mais leves.
No entanto, no ano de 2007 a Apple lançou o primeiro Iphone, um celular bem diferente do que já havia sido visto antes e revolucionou completamente o mercado, e o mais incrível, tornou a “tendência” de redução de tamanho dos celulares ao inverso, ao invés de diminuir os celulares passaram a crescer!
Sendo assim, olhar para as tendências não é ruim, mas não esqueça o que o seu cliente quer e espera ou como surpreende-lo com algo que ele não esperava!
Quem sabe a empresa pode criar sua própria tendência e não seguir a já existente?
Às vezes a inovação pode estar mais perto do que imaginamos e até mais barata do que a última tendência de mercado, duvida?
Bons negócios a todos!
Se gostou do artigo compartilhe, se quiser uma palestra para sua empresa sobre este assunto ou outros, entre em contato diretamente comigo: kleber.donady@beable.com.br ou acesse: www.beable.com.br.
Se você esperava um artigo focado nas mudanças propostas para o ensino médio você pode se decepcionar, tudo bem que o assunto daria margem para muita discussão, mas neste artigo quero destacar a Reinvenção da educação, principalmente, a educação pós ensino médio e fundamental, quero destacar a educação universitária.
Recentemente estava passando os olhos pela minha timeline do Facebook e uma reportagem da página da Exame me chamou atenção e abri o link, o título da matéria era:
“De Nubank a Buscapé, veja startups felizes com vagas abertas”
O simples título já chama atenção pelo fato de chamar algumas empresas de Startups felizes, mas tudo bem, este não é o foco, o foco são algumas das vagas em aberto, tais como:
“ UX/UI designer, especialista de afiliados, scrum master, encantador de clientes, estagiário em performance digital, diversidade, IOS sênior mobile software engineer, entre outras.”
Estas foram as que eu achei mais interessantes e decidi comentar, e que me chamaram mais atenção.
Quais foram os motivos que me chamaram atenção? Não foi o fato de muitas estarem em inglês, até por que Startup já não é uma palavra em português, o que me chamou mais atenção foi o fato de que muitas há pouquíssimo tempo, simplesmente, não existiam, ou você já conheceu algum IOS sênior mobile software engineer na sua vida?
Outro fato, além destas novas profissões serem novas, que eu fico na dúvida é qual a formação solicitada para tais vagas?
Vamos analisar o exemplo da vaga Especialista de Afiliados, existe faculdade para isso? Qual a formação exigida para ser este especialista? Entendo que um Especialista de Afiliados seja uma pessoa que entenda do mercado de marketing digital e saiba como funciona este meio de afiliados, que aliás, também é algo relativamente novo, mas o que exigir desta pessoa? Formação em marketing? Administração? Engenharia? Confesso que não sei…
O motivo deste artigo é que estamos entrando em uma era em que o diploma universitário, muitas das vezes, vai ser apenas um “carimbo” ou um requisito de corte, por que eu não acredito que as faculdades e universidades terão tempo hábil para atualizar seu currículo básico para que contemplem estes assuntos recentes, simples assim, imagine você cursando uma universidade onde tudo a maior parte das matérias já se tornaram obsoletas, o que você vai aplicar no seu dia a dia?
Logo, em minha opinião, a educação e a formação profissional deverá passar por uma grande revolução, de que forma? Ainda não tenho certeza, talvez uma nova era de busca por conhecimento sob demanda, formação em blocos, enfim há muito o que se pensar sobre isso!
Concorda? Se concorda ou discorda de algo não deixe participar deixando sua opinião, discussões saudáveis são sempre bem vindas!